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Radiohead – The Bends
Radiohead – The
Bends
Sábado, 29 de maio de 2015.
Decidi escrever para o seu Blog do qual me tornei fã. Queria
que você bolasse uma trilha sonora, como sempre faz em seus contos. A minha
banda favorita é o Radiohead e o álbum que mais gosto é The Bends. Moro sozinha
aqui em Paraíso, bairro da Cidade de Resende no Rio de Janeiro. Dizem que aqui
é tão violento que até quando grilo canta a noite, leva tiro de escopeta.
Então...
Todos estamos, todos estamos quebrados
Todos estamos, todas as coisas estão quebradas
Sem querer partir e
sem dizer adeus eu subi o morro e desci, e, nunca mais tornei a subir e a descer
este morro. Sem querer fazer novos amigos eu me envolvi em rodas de fogo e em
rodas de diamantes. Tive fome e os melhores pratos, ilusão e saudade. Cortei
meus pulsos e corpo inteiro. Sonhos e pesadelos.
Desgraça machuca tanto que as vezes ela te incorpora. Sorri
sem dentes e sem pente para o cabelo, chorei com lagrimas outrora com a
escassez delas. Levantei de alguns tombos outras vezes eu permaneci durante meses
enxergando o mundo dali.
Você quebrou
outro espelho
Você está
se transformando em algo que não é
Ontem sonhei que estava subindo o morro e deparei com os
antigos moradores, tive vontade de correr e corri, tão veloz que os olhares que
me sediavam, os mesmos olhares de quando eu parti, os mesmos olhares que me
perseguem o tempo inteiro não conseguiram me acompanhar. Olhares que me queima
como se fosse cigarro na pele, olhares que me condenam por crimes que não
cometi, olhares grandes e de pupilas dilatadas preenchido de maldade que não
brilha mas, que possui um veneno mortal.
Fé, você
está me afugentando
Você faz
isso todos os dias
Você não
tem a intenção mas machuca pra caramba
Acordei toda suada sem saber onde era o banheiro ou a sala. Apenas
me recordo que para chegar ao banheiro ou na sala existia um grande morro
íngreme, tão íngreme que descansei apoiando na parede branca de massa corrida. Estranho que qualquer lugar que eu vá, há sempre um morro para subir ou para
descer, há rodas de fogo e uma letargia para seguir o caminho, há olhares que
sempre me condena.
Sim, tenho muita roupa para despir e nenhum tipo de amor para
dar, feita de um sorriso sem alegria para alegrar, feita de olhos verdes para
ver e não enxergar. Você torna-se vítima achando que eu sou a presa, voltando
seguidas vezes no mesmo lugar, enquanto eu estou despindo-me novamente num
outro ambiente, com uma nova vítima.
Um regador
verde de plástico
Para uma
falsa planta chinesa de borracha
Na Terra
artificial de plástico
Mas, quando estou só, não consigo me tocar olhando para espelho,
não consigo gozar debaixo do chuveiro, no entanto, lambuzo-me de batom o corpo inteiro e
ao abrir a porta sei que, do lado de fora terá um outro morro para subir ou descer.
Eu aprendi também a
contar cédulas, sei o quanto perdi, e a perca é sempre maior porém, o
que eu ganho paga as contas, a gasolina do carro e o meu calçado de salto alto.
Não importa o que eu perdi, o resultado muitas vezes do investimento é o
aprendizado, e, aprendi que a descida é mais cansativa que a subida, aprendi
que fingir de morta é melhor que fingir de estar viva.
Então entregue o dinheiro e leve um tiro
Encha de chumbo o buraco em mim
E estouraria milhões de bolhas
Como um hospedeiro e à prova de balas
À prova de balas
À prova de balas
À prova de balas
Eu rio, rio alto, quando alguém me liga perguntando meu
novo endereço. São tantos morros que subi e desci, vento a favor e contra, dias
quentes e outros nem tantos. Não me lembro do seu nome, da sua voz e dos seus
cabelos. Saudade também têm seus antônimos, não basta esquecer, desmemoriar todos
os dados, nascer de novo sem importar com a idade. Espero que seja
feliz...
Culpe a estrela negra
Culpe o céu que cai
Culpe o satélite
Que me guia para casa
As palavras perturbadas
De uma mente perturbada
Tento entender
O que está te consumindo
Tento me manter acordado
Mas fazem 58 horas desde
A última vez que dormi com você...
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