quarta-feira, 30 de outubro de 2013
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Sonic Youth - Daydream Nation
Sonic Youth
Daydream Nation
Não
sei ao certo o por que resolvi sair armado aquela noite, minha visão estava embasada e
a chuva era interminável, o vento era frio mas não obrigava me agasalhar. a
iluminação péssima das ruas e vultos nas encruzilhadas, as vezes passava a mão
direita no cós da calça apenas pra certificar se a arma estava lá com o tambor
carregado.
Lembro
claramente a primeira vez que apertei um gatilho, foi no Exército com fuzil. Dois
tiros certeiros e o terceiro que até hoje eu não sei aonde foi parar.
Não, não me apaixonei por armas no entanto
comprei esse revolver que estava no cós da minha calça incomodando o meu andar.
Minha visão estava embasada e haviam vultos me
perseguido... Porra, assustei me com um cachorro vira-lata e, demorei uma
eternidade pra puxar o gatilho, da próxima vez eu não poderia vacilar... Minha
visão estava embasada.
Minha
mãe sempre dizia que tenho mania de perseguição por isso o motivo de tantos remédios
ingeridos diariamente.
Desarmei
o guarda-chuva ao chegar ao ponto de ônibus, um senhor com cabelos grisalhos
encolhido no banco tragava seu cigarro calmamente, olhando os pontos inexatos
dos pingos da chuva. Ele não me viu no entanto pressentiu minha presença. Passei vagarosamente
minha mão direita no cós de minha calça, senti o trinta e oito volumoso e
carregado.
Nunca
precisei usar este revolver em situação real de perigo, poucas foram as vezes
que me afugentei para o meio da mata e dei tiros à revelia, era um espécie de
escape pro meu estresse.
Devo
confessar que antes de sair de casa eu tinha ouvido o álbum do Sonic Youth –
Daydream Nation repetidas vezes que o barulho emanado deste álbum ainda estava
revirando minha cabeça.
estava atento a tudo, bem mais que deveria e, uma simples tosse do senhor de cabelos grisalhos me fez sacar o revolver agora sem vacilo e, apontar em sua direção, o senhor continuou tossindo enquanto os meus dedos deslizavam intranquilos e trêmulos. Mil pensamentos distorcidos fizeram redemoinhos de minha sensatez, foi quando o Senhor de cabelos grisalhos olhou para minha direção, seus olhos emergiam chamas de fogo e de sua boca desdentada uma nevoa acinzentada assessorava sua tosse seca. Apertei o gatilho repetidas vezes e corri com toda pressa do mundo contra chuva para um ponto seguro.
Nos meus ouvidos ainda ressoavam a música:
Cross The Breeze
estava atento a tudo, bem mais que deveria e, uma simples tosse do senhor de cabelos grisalhos me fez sacar o revolver agora sem vacilo e, apontar em sua direção, o senhor continuou tossindo enquanto os meus dedos deslizavam intranquilos e trêmulos. Mil pensamentos distorcidos fizeram redemoinhos de minha sensatez, foi quando o Senhor de cabelos grisalhos olhou para minha direção, seus olhos emergiam chamas de fogo e de sua boca desdentada uma nevoa acinzentada assessorava sua tosse seca. Apertei o gatilho repetidas vezes e corri com toda pressa do mundo contra chuva para um ponto seguro.
Nos meus ouvidos ainda ressoavam a música:
Cross The Breeze
O
que era aquilo? Meu Deus o que era aquilo?
O
cano ainda do revolver quente e duas munições ainda no tambor. Eu não sabia
onde estava, perdido na cidade que eu nasci, uma viatura da polícia me
fez esconder atrás de uma lixeira.
Eu deveria ter tomado todos os meus remédios e, não deveria ouvir Sonic Youth no último volume.
Eu deveria ter tomado todos os meus remédios e, não deveria ouvir Sonic Youth no último volume.
domingo, 20 de outubro de 2013
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Filme- Gravidade
Filme- Gravidade
Ainda estou em choque.
Você tem algum motivo pra viver? Você prefere morrer ou lutar para viver? Você acha que sua vida é insignificante e que ninguém se importa com você?
Renascer, essa é a questão.
Acabo de sair do cinema e assistir ao filme "Gravity", que foi lançado sexta-feira nos cinemas do Brasil.
Você tem algum motivo pra viver? Você prefere morrer ou lutar para viver? Você acha que sua vida é insignificante e que ninguém se importa com você?
Renascer, essa é a questão.
Acabo de sair do cinema e assistir ao filme "Gravity", que foi lançado sexta-feira nos cinemas do Brasil.
Gravity é um filme muito diferente, começando pelo fato de atrair um público curioso sobre a respeito de destinos de personagens que ficam preso a algo e tentam sobreviver, é um filme de sobrevivência. Mas não pense que é somente isso, a mensagem e as imagens que o filme mostra, consegue chamar bem mais atenção do que a situação em si.
Já foi visto diversas vezes personagens que se encontraram na missão de sobreviver presos em teleféricos, mansões, casas, carros em fugas, ônibus e etc. Esses filmes tentam colocar o público em estado de nervosismo, mas estar preso no espaço, é uma grande novidade e o grau de desespero que isso te passa, acredite, é triplicado.
A atuação impecável de Sandra Bullock é completamente notável, o filme é dela. Essa mulher possui uma grande experiência nos cinemas e a cada filme que passa ela consegue se superar, desde mostrar o medo e até arrancar lágrimas de quem a assiste. George Clooney também consegue se sair bem com seu personagem.
O visual do filme é PERFEITO, a fotografia é impecável. A mãe terra, o planeta terra visto de cima, o filme mostra a real beleza de quem tem o privilégio de ter essa visão do espaço, como o nascer do sol; pôr do sol; o anoitecer; a lua; as luzes das cidades acesas vistas do espaço; a aurora boreal e as estrelas; é de deixar o queixo caído.
A trilha sonora foi feita para arrepiar, aliás, a sonoridade melancólica e depressiva que nos é apresentado, faz sentir a dor e o quão triste é a situação em que os personagens se encontram.
Parabéns a direção de Alfonso Curón (Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban), seu talento é indescritível.
Não perca a oportunidade de ver no cinema, é algo totalmente diferente do que você já viu.
Por Felipe Henrique
domingo, 13 de outubro de 2013
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
sábado, 5 de outubro de 2013
Manic street Preachers – Rewind The Film
Manic street
Preachers – Rewind The Film
Arruma
o seu cabelo e passa suavemente o seu batom vermelho em seus lábios finos, seu
sapato de salto alto está atrás da porta, o perfume que incendeia o quarto
inteiro está logo ali na penteadeira e os meus sentimentos desimportantes estão
todos aqui comigo. Ela ri o tempo todo diante do espelho, me chama pra ajudar
fechar o zíper do seu vestido estampado florido, está preocupada com a chuva
que não para, simula um beijo na minha direção a distância pra não borrar os
seus lábios.
Antes
de entrar no carro diz palavra de baixo escalão por eu não ter lavado o carro.
Bate porta enfezada depois me xinga por ter quebrado a unha do dedo anelar de sua mão
esquerda. Ela me Pede pra virar a próxima direita e, depois que viro:
_Não
era essa, era próxima direita.
Ligo
o som do carro.
_Que
é isso?
_Isso
o que?
_Que
está tocando?
_É novo Album do Manic Street Preachers (Rewind The Film)... Baixei hoje à tarde.
_Não
gostei. Na verdade nunca gostei Manic.
Depois de alguns segundos.
_Minto, gostei sim de uma música que tinha um vídeo de crianças sem olhos ou bocas... Sei
lá, coisa assim.
_If You Tolarate This Your
Children Will Be Next.
_É...
Deve ser essa mesma.
_Enfim, o Álbum inteiro deve ser chato mas, está música
salva. Não gosto dessas bandas do Reino Unido, e, acelera essa bugiganga.
As
duas primeiras faixas Rewind The Film: This Sullen Welsh Heart e Show Me The Wonder não
era exatamente o que eu esperava ouvir porém, confesso ter gostado.
_
Não tem jeito de você colocar um som do Coldplay ai?
Finjo
não ouvir.
A
sonoridade está muito diferente...
_Olha
lombada.
_Tô
vendo.
_Ah
tá vendo. Se eu não falo aqui.
No
entanto foi na introdução da música (I Miss The) Tokio Skyline que eu imaginei nunca ter casado,
nunca ter filho. Imaginei me sozinho no carro com os para-brisas ligados. Sim,
com alguns cabelos brancos, com barba pra fazer, com algumas rugas no canto dos
olhos, a barriga avantajada como agora, virando para esquerda ou para direita,
buzinando pra “minas” no ponto de ônibus, passando por cima de lombadas e,
entrando pela contramão. Sim, errando marchas sempre, sem perder a direção.
Extasiados
nos pensamentos ou na música, buzinei “para as minas” no ponto de ônibus e
antes de dizer alguma coisa um beliscão raivoso quase tirou parte do meu braço,
com gemido quase inaudível porém com uma dor gigantesca continuei firme no
volante. Juro que quando aproximei da curva sinuosa vizinha de uma ribanceira
“eu pensei merda”, tremulo e com suor escorrendo eu vi a morte convidativa com
capuz de praxe. Mas eu vi também meu filho caçula com um olhar perdido atrás da
morte. Freei fundo que os pneus deixaram marcas no asfalto, não houve uma
reclamação ou beliscão. Não houve uma troca de olhar ou palavra.
Lembro-me
que ao final do Álbum Rewind The Film houve um silencio mortal. Eu extasiado com o
que tinha ouvido, ela talvez pensando em divórcio.
terça-feira, 1 de outubro de 2013
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