sábado, 4 de junho de 2011

Guillemots - Walk the River




Demorei pra escrever sobre este álbum aliàs, mais do que deveria. Minha única explicação plausível é o broxante segundo álbum “Red”, uma das maiores decepções de 2008.
Sabe... Quando você conhece alguém em uma festa,e ela é a amiga do seu amigo. Detalhe o seu amigo é o anfitrião da festa, a pessoa mais solicitada do dia ou da noite.
_Espere um pouquinho Roberval.  Eu já volto. Fique ai com Guillemots ela bastante interessante. Você vai gostar dela. Guille... É rapidinho.
Ai você esta numa situação no mínimo embaraçosa. No primeiro instante você ri e procura o celular no bolso:
_Nossa como o tempo voa. Já são 22:00 horas.
"Guille" apenas ri timidamente e o seu riso é cortante. E como se fosse uma lamina muito afiada.
_Guillemots do quê?
E novamente aquele riso que mais parece uma faca camuflada apontada para seu coração.
_ Through The Windowpane.
_Through The Windowpane. Nossa que sobrenome complicado. Acertei na pronuncia? Você é americana?
_Não sou Inglesa mas, em minha árvore genealógica tenho descendentes no Brasil, Canada e Escossia.
_ Nossa que mistura de raça.

Guillemots tinha algo dizer, tinha alma, tinha brilho além de ser muito simpática.



Dois anos se passaram, eu sempre ouvindo falar super bem dela, através de meus amigos, dos amigos dos meus amigos enfim, Guillemots de uma forma ou de outra tinha conquistado uma multidão.
A noticia de sua volta logo se espalhou pela cidade inteira, era o assunto nos barzinhos que eu freqüentava, era o assunto nos blogs que eu lia. Existia uma expectativa muito grande pela sua volta.
Porém Guillemots voltou diferente, numa tentativa evasiva de modernização, apenas alguns lampejos do que era. Quase não reconheci, quase ninguém reconheceu. A expectativa causa surdez e cegueira. Somente agora depois de alguns anos ouvindo com mais atenção chego à conclusão que não era de todo mal. 




Houve um distanciamento, não um esquecimento. Apareceram coisas novas nos blogs, nas conversas em barzinhos, nas capas de revistas. Lógico, que eu ouvi falar da "Guille" também, de suas aventuras isolada ao redor mundo num experimentalismo quase que espiritual.


Desavisado eu me deparei dias atras com um e-mail na qual comentava o seu retorno com os amigos. Li e reli varias vezes. Procurei na Internet para certificar que não era fake. Não, não era.
Confesso que houve um certo estranhamento inicial e, quando perdemos a ingenuidade jamais a teremos de volta, “isso é fato” (Credo, jamais pensei que usar esse chavão).


Walk the river é uma tentativa confusa de resgatar o que se perdeu, sem a certeza absoluta se realmente perdeu-se alguma coisa. No entanto a confusãoe a desorganização sonora é parte diferencial e criativa do Guillemots, “isto é fato” (rs).
No meio dessa indecisão toda encontramos pérolas preciosas que  não temos a certeza que realmente estavam perdidas.
Talvez seja esse o maior defeito do Guillemots a dedicação e a entrega pra obter um bom currículo para um emprego meia boca.

Musicas que valem o álbum inteiro: I dont feel amazing now, Vermillion, Walk the river, Dancing in the devil’s shoes 



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...